Resumo do auto da barco do inferno
Essa peça mostra de forma clara a influência da Igreja Católica em meados da Idade Média, no cenário se encontram o Anjo, na barca que irá pra céu, e o Diabo, na barca que irá pro inferno, cada um deles decide quem irá ou não entrar em sua barca. O Diabo é muito receptivo, aceita todo mundo (menos o judeu, que após ser recusado pelas duas barcas, vai para o inferno num barquinho puxado pela barca do diabo) e o anjo não é receptivo, chega até a ser arrogante, e não aceita que quase ninguém entre em sua barca, só entram Joane (o bobo, ou parvo) e os 4 cavaleiros, que cumpriram o seu dever em vida que era o de de morrer pela Igreja, de expandir a fé católica pelo mundo.
O primeiro a ser julgado é o Fidalgo, ele vem com um Pajem e trazendo uma cadeira de espaldas (cadeira chique), antes que ele chegue, o Diabo manda o seu Companheiro do barco limpar tudo lá, para que eles possam receber bem os que chegarão, manda ele erguer bandeiras que “teria festa” . O Fidalgo chega e pergunta para onde aquela barca iria, o diabo responde que iria para a “Ilha Perdida” [inferno]. O Fidalgo querendo zombar do diabo pergunta se a senhora(Diabo) também iria pra lá, e também fala que aquela barca está parecendo um cortiço, e chega a perguntar que ele conseguia algum passageiro, por conta da situação da barca. O Fidalgo diz que deixou na outra vida pessoas que rezassem por ele, logo após o diabo zoa ele dizendo que ele viveu apenas a seu prazer, que fez tudo o que bem entendia, e que como ele ainda podia achar que alguém rezaria por ele, pede pra ele entrar que até o seu pai já tinha ido para o inferno. Fidalgo vai até a barca do anjo e implora por atenção, já que ninguém de lá de dentro o responde, e chega a xingar quem lá dentro estava, pelo fato de não o responderem, quando o Anjo aparece, o Fidalgo pergunta se aquela é a barca do paraíso, o Anjo responde de forma afirmativa e pergunta o que ele queria, o fidalgo exige que o Anjo o deixe