Resumo do artigo "A Evolução do Conceito da Caridade"
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Vilém Feith, em “A Evolução do Conceito da Caridade”, artigo este publicado na “Revista Serviço Social” ( Ano V, junho de 1945, n° 37), apresenta o conceito de caridade nos povos primitivos, nas culturas potâmicas, nas sociedades gregas e romanas, no antigo testamento, no cristianismo, e por fim realiza uma análise comparativa da caridade no cristianismo, estoicismo e budismo. Caridade, filantropia e humanidade possuem significados distintos. Em a “Essência da Simpatia”, o filósofo Max Scheler utliza o termo Filantropia para designar “os sentimentos provocados em nossa alma pela situação dum indíviduo necessitado” e Humanidade como “ impressões despertadas em nossa alma pelo respeito do gênero humano e à sua humanidade”. Segundo Goetz Briefs, a caridade visa todos os indivíduos do mundo, por serem todos irmãos, conforme os ensinamentos de Jesus Cristo, “obras de caridade” portanto, destinam-se a favorecer moral ou economicamente indivíduos necessitados, e são inspiradas pelo amor ao próximo e não por motivos práticos de prudência e previsão dos governantes.
No estudo de Vilém Feith, entretanto, o termo Caridade é utilizado num sentido mais amplo, estudando todas as tendências orientadas pelo desejo de auxiliar o necessitado. Por meio do ponto de vista sociológico, esse estudo busca elucidar como se apresentam e desenvolvem em épocas determinadas da historia a evolução do conceito de caridade.
Para a compreensão da caridade nos povos primitivos, três aspectos principais sobre o home precisam ser considerados. Em primeiro lugar, a relação entre o indivíduo e o grupo social, que é muito mais íntima e estreita que a do “homem civilizado”, as necessidades e sua vida são fundamentalmente sociais, em comum. A segunda é a organização interna da sua organização social. O grupo tem chefes que guiam, mas não dominam, e mesmo os líderes têm necessidades do grupo como prioridades, uma vez que não possuem uma consciência acentuada de si, da própria individualidade. Em