Resumo de “Vida e morte do grande sistema escolar americano, de Diane Ravitch
Em seu livro Vida e morte do grande sistema escolar americano, Diane Ravitch aborda como o projeto educacional implementado nos Estados Unidos nas últimas décadas, baseado na responsabilização e escolha escolar, contribuiu para agravar a crise da educação pública no país. Diane Ravitch é pesquisadora da Universidade de Nova York. Em 1991, ela aceitou o convite do então secretário Lamar Alexander para ser sua conselheira e secretária-adjunta no Departamento de Educação dos Estados Unidos. Também esteve envolvida como conselheira nos governos Bill Clinton e George W. Bush e participou ativamente de movimentos pelas referências curriculares, responsabilização e escolha escolar. Como acadêmica e propositora de políticas inserida no aparelho de Estado, a autora analisa as reformas que ela antes endossara com entusiasmo, e que agora passa a criticar diante de seus resultados. Diane Ravitch mostra como a questão da reforma escolar tornou-se politicamente popular nos Estados Unidos desde os anos de 1980. Em 1983, o relatório A Nation at Risk (Anar) foi emblemático, pois mostrou o fracasso do sistema educacional em cumprir seu papel como instituição acadêmica a serviço do desenvolvimento do país. Ao sinalizar a necessidade urgente de mudança, o Anar influenciou o início do movimento pela reforma baseada em referências curriculares. No entanto, devido às controvérsias que surgiram em torno do currículo nacional de história, em debate sobre “qual história ou a história de quem deveria ser ensinada”, esse movimento ruiu em 1994, sendo substituído por esforços de reforma cujo foco não era mais o que os estudantes deveriam aprender. Com a polêmica ocorrida a partir do currículo nacional de história, foi decidido que não seriam feitas referências nacionais, e sim cada Estado faria suas próprias referências em seu currículo. Com as divergências ocorridas, os Estados preferiram evitar