Estudo de Caso - 01
(1913-1999)
A história do Mappin começou na Inglaterra, depois da Revolução Industrial, em 1774, quando as famílias de comerciantes Mappin e Webb inauguraram na cidade de Sheffield uma sofisticada loja de prataria e artigos finos. Posteriormente se mudaram para Londres, depois para Buenos Aires e, em 29 de novembro de 1913, os irmãos ingleses Walter e Hebert Mappin fundaram a Mappin Stores na Rua 15 de Novembro, quando São Paulo possuía apenas 320 mil habitantes, para atender a aristocracia cafeeira. Nesta época somente a elite frequentava o estabelecimento, que foi o primeiro a introduzir vitrines de vidro na fachada para atrair os consumidores. Em 1919, a loja se mudou para a Praça do Patriarca e, em 1939, foi para a Praça Ramos de Azevedo.
O Mappin foi o precursor do crediário, oferecendo aos clientes a possibilidade de fazer suas compras a prazo. É que, em 1929, a crise do café abalou a economia de São Paulo, atingindo sensivelmente os bolsos dos paulistanos. No início da década de 30, o Mappin colocou etiquetas com preços nos produtos em suas vitrines. o Mappin era o ponto de encontro da elite paulistana. Antecipou o "conceito" de shopping center, reunindo produtos de diversos tipos em um único local. A loja na Praça Ramos de Azevedo, no centro da capital, se tornou referência da marca.
Para a época, foi uma atitude ousada, mas era uma estratégia para atingir consumidores de uma classe mais popular. A rede de magazines passou a ser comandada por Cosette Alves em 1982. Em 1996 o empresário Ricardo Mansur assume o controle do Mappin que contava com 12 lojas. Em seus últimos anos de vida o Mappin teve o lamentável encontro com a crise e a má administração que culminaram com sua falência em 1999. O Mappin marcou época na cidade de São Paulo, ora servindo de ponto de encontro da elite, ora chamando a massa para acompanhar as liquidações anuais com seu inconfundível jingle "Mappin, venha correndo, Mappin, chegou à hora Mappin,