Vida Nova ( em latim do original Vita Nuova) é um livro cujo o autor é Dante Alighieri (autor também de Divina Comédia), foi escrito na época do trovadorismo provavelmente entre 1292 e 1293 em Florença na Itália. Uma narrativa que conta a história de Dante que se apaixona por Beatriz ainda criança e nunca falará de seus sentimentos para ela. Dante fala do amor por Beatriz como algo inatingível que só poderá concretizar no mundo espiritual, através do amor e pelo amor. Dante nutre por Beatriz um amor sublime (palavra usada para coisas imensuráveis) , totalmente espiritual que faz com que o autor após a morte de sua amada tenha forças para continuar vivendo e a partir daí muda completamente a sua maneira de escrever. Beatriz para Dante é a própria simbologia do amor, amor cristalino, divinal e por isto ele a exalta, escreve que não pode compará-la com outra mulher, fazendo referência a algo puro nobre que não se pode comparar. Dante não vê Beatriz como uma mulher a qual se pode tocar. “Vida nova” nos remete três idéias importantes em relação ao amor: memória, morte e segredo. Quando Beatriz morre, Dante expressa sua dor através de sonetos em muitos capítulos. Após a morte de Beatriz, Dante começar a se sentir atraido por outra mulher , porém no final do livro, Dante retoma o seu amor por Beatriz e se propõe a não falar mais dela enquanto não tivesse um discurso novo que pudesse continuar exaltando aquela mulher. Pede a Deus que possa viver muitos anos para que continue falando para Beatriz coisas que nunca outra ouviu. No livro Vida Nova, Dante mistura prosa e poesia inovando os textos daquela época, dividindo suas poesias em partes. Dante recomeça a exaltação a Beatriz em “Divina Comédia”, sua próxima obra. Abaixo encontra-se um trecho em que Dante expressa seu amor por Beatriz, exaltando-a em Vida nova:
Tão honesta e gentil, ao nos saudar,
Minha amada aparece em nossa vida,
Que toda boca treme, emudecida, E os olhos a não ousam contemplar.
Ela se vai,