Resumo da Obra "O Cortiço"
“Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas. Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo.”
O Cortiço é um romance naturalista do fim do século XIX, onde vigorou o estilo RealismoNaturalismo, que se opunha totalmente a ideia Romântica da época e se aliavam a arte e ciência. A obra em si, se passa em um cortiço, como o próprio nome já diz, onde habitam pessoas de diferentes tipos urbanos da época. O livro foi lançado em 1890, sem preocupação de expressar as disparidades sociais, a obra busca retratar o caráter e vícios humanos. O próprio cortiço, tanto cenário quanto espaço da história, é considerado o próprio protagonista.
Lista de personagens
Os personagens da obra são psicologicamente superficiais, ou seja, há a primazia de tipos sociais. Os principais são:
João Romão: taverneiro português, dono da pedreira e do cortiço. Representa o capitalista explorador. Bertoleza: quitandeira, escrava cafuza que mora com João Romão, para quem ela trabalha como uma máquina.
Miranda: comerciante português. Principal opositor de João Romão. Mora num sobrado aburguesado, ao lado do cortiço.
Jerônimo: português “cavouqueiro”, trabalhador da pedreira de João Romão, representa a disciplina do trabalho.
Rita Baiana: mulata sensual e provocante que promove os pagodes no cortiço. Representa a mulher brasileira.
Piedade: portuguesa que é casada com Jerônimo. Representa a mulher europeia.
Capoeira Firmô: mulato e companheiro que se envolve com Rita Baiana.
Arraia-Miúda: representada por lavadeiras, caixeiros, trabalhadores da pedreira e pelo policial
Alexandre.
Inicialmente, é narrada a historia de João Romão, que é dono do cortiço, de uma taverna e de uma pedreira. A saga se desenrola com João indo rumo ao enriquecimento, onde ele explora seus funcionários e ate rouba para atingir seus objetivos. Ele tem uma amante, Bertoleza,