RESUMO - CRÁTILO (OU CORREÇÃO DOS NOMES)

RESUMO - CRÁTILO (OU CORREÇÃO DOS NOMES)

Este diálogo apresenta três personagens: Crátilo, que tem uma compreensão naturalista da linguagem; Hermógenes, que tem uma visão convencionalista em relação à linguagem e, Sócrates, que argumenta sobre a necessidade de uma convenção pública. Estes personagens vão discursar sobre a possibilidade de conhecer as coisas através dos nomes que lhe eram dados e se a correção destes nomes pode ser realizada de modo natural ou convencional. O diálogo começa com Hermógenes indagando a Crátilo se Sócrates pode participar da discussão. Hermógenes coloca a Sócrates que para Crátilo todas as coisas possuem um nome correto, que lhe é inerente por força da natureza, e que a relação entre o nome e a coisa nomeada é intrínseca ao ser. Coloca também que para ele, Hermógenes, a correção dos nomes se faz por convenção e consenso, não importando qual o nome que se dê a uma coisa, esse é o seu nome correto. Sócrates propõem uma investigação em conjunto a fim de que se verifique qual dos dois têm razão. Para debater as teorias Sócrates argumenta que primeiramente deve-se definir o que é um nome, segundo ele é “aquilo por que uma coisa é chamada”. Em seguida as duas teses (Naturalista e Convencionalista) são discutidas. Com relação à tese de Hermógenes, Sócrates diz que ela é inconsistente quando Hermógenes admite que qualquer pessoa pode modificar o nome atribuído a um determinado objeto. Para Sócrates essa teoria foge do padrão aceitável pela convencionalidade socrática, para ele deve haver uma convenção pública. Sócrates “usa” o falar como uma ação comparando o tecer para o artesão. Argumenta que para tecer existe um instrumento (lançadeira) que separa os fios da trama, para o falar também existe um instrumento pelo qual a ação é realizada, sendo este o nome e sua função é distinguir a essência das coisas. Para ele todo instrumento deve ser usado por alguém que possui a arte para bem utilizá-lo. Com relação ao falar essa pessoa é o legislador