Resumo Capítulo 01 - O Sentido do Espaço
ARQUITETURA E URBANISMO
ESPAÇO E EXPRESSÃO
FERNANDA A. DOMINGUES DE OLIVEIRA
ISABELE A. TRAINOTI DE OLIVEIRA
OTÁVIO FERRARI FUMACHE
01/10/2013
O SENTIDO DO ESPAÇO - RESUMO
Durante séculos, a definição de arquitetura é expressa de modo enganoso e incorreto. Antigamente, desde Vitrúvio até uma boa parte de seus sucessores, usava-se um trio de palavras para defini-la, no entanto, esse conjunto de palavras não definia completamente arquitetura e nem seu elemento principal, eram apenas “definições poéticas”. O erro só começa a ser corrigido por Luçart em 1929, que descreve a arquitetura como sendo volume, superfície, espaço e luz. Porém, a arquitetura não pode continuar sendo definida por conjuntos de elementos. Então, no mesmo ano, Le Corbusier tenta uma definição mais adequada quando cita que arquitetura é “pôr em ordem”, ordenar objetos, mas quando menciona que também é “ocupar o espaço...”, Le Corbusier perde sua definição para August Perret, que propõe um conceito extremamente apropriado, “a arte de organizar o espaço que se exprime através da construção”. Arquitetura não é só ocupar um determinado espaço, e sim, organizar e criar o espaço. O elemento específico e que realmente importa e orienta a arquitetura e o urbano é o espaço, juntamente com todo o seu trabalho e produção.
A ocultação do espaço vem da relevância de ideologias no ambiente arquitetônico, ideologia definida como repressiva pela natureza econômica e também por materiais da construção. É sabido que essa repressão ocorre, na maioria dos casos, com caráter inocente e não intencional por influência euclidiana, que vê o espaço apenas como geométrico, deixando-o de lado, sendo uma informação impertinente. Essa ideologia que fez com que até o século XX os arquitetos cometessem erros chamados “kitsch”, que são as soluções e os estilos arquitetônicos implantados sem levar em conta a lógica do espaço ocupado, ou seja, estilos e espaços que não se completam.