Resumo: as práticas de agentes sociais com famílias de baixa renda: em busca de interações com foco na resiliência
Pesquisas realizadas em com diferentes categorias de trabalhadores sociais revelam desestrutura, acomodação, violência e drogadição das famílias pobres. Os resultados indicam que a postura dos agentes sociais podem ser assistencialistas e assim acabam não promovendo o desenvolvimento humano e autonomia. O capítulo procura discutir intervenções que modifiquem esses padrões de interações para que as práticas dos agentes sociais valorizem as verdadeiras necessidades das famílias que vivem veneráveis socialmente e para que sejam reconhecidos seus limites e possibilidade de se recuperar. Os artigos teóricos, metodológicos e intervencionistas refletem que muitos pensadores dessa temática julgam necessário revisar o foco das investigações sobre a resiliência no indivíduo e reconsiderar as contribuições da família para o desenvolvimento psicológico da saúde e do bem-estar individual e social. Em diferentes tempos, lugares e culturas os estudos sobre família vêm enfatizando os aspectos deficitários da convivência familiar (Walsh, 1993). Esses elementos negativos das interações familiares tem sido maximizados pela sequência de situações veiculadas pela mídia e que envolvem relações abusivas entre pais, padrastos, madrastas e filhos, demonstrando que situações de extrema violência podem permear a intimidade do mundo familiar. Percebe-se que o que acontece entre “quatro paredes” muitas vezes coloca crianças, adolescentes e adultos em condições de altíssimo risco. Os autores partiram da definição de que famílias “resilientes” resistem aos problemas decorrentes de mudanças que “adaptam-se” às situações de crise. Também publicaram uma coletânea de resultados sobre resiliência em famílias que viveram diferentes situações como: membros familiares portadores de doenças do tipo AIDS ou diabetes, homossexualidade dos filhos, infertilidade e condição familiar pós-divórcio.