Resumo artigo gestão e ação gerencial nas organizações contemporâneas para alem do “folclore” e o “fato”
Gelson Silva Junquilho
Mintzberg no inicio dos anos 70 mostrou como a gestão e a consequente ação cotidiana dos gerentes era caracterizada de forma distinta do que pregava Fayol, em suas famosas funções administrativas. Em 1990 Mintzberg reafirma que aquelas funções devem, na verdade, ser caracterizadas como o “folclore” da gestão, pois de “fato” os gerentes tem dificuldades em realizar atividades planejadas, estando envolvidos em ambientes dinâmicos onde são imperiosos os contatos informais.
Apresentar e problematizar as abordagens da gestão e ação gerencial, de uso mais corrente na literatura organizacional enfocando suas limitações ao não abranger contextos macro sociais e suas articulações com os cenários micro sociais das organizações, é um dos objetivos deste artigo. É proposto como uma alternativa o conceito de REED (1984, 1985, 1989, 1995) da gestão como “pratica social”, por fim criticamente se discute a chamada “gestão de excelência” preconizada por PETERS & WATERMAN (1982) idealizando o gerente como “super herói”, apostando no “folclore” da gestão.
Segundo REED (1984, 1985, 1989) três perspectivas de analise podem ser identificadas, focando a “gestão como pratica social”:
a) A técnica: é um instrumento neutro e racional, que objetiva o alcance de resultados coletivos e não atingíveis sem a sua aplicação.
b) A política: ela concebe a gestão como um processo social. Tomando a organização com uma “arena” de disputa de grupos dotados d interesses divergentes em busca de controle das decisões. Esta perspectiva rejeita a concepção mecanicista e determinista da gestão, requerendo uma visão dinâmica advinda da ação humana.
c) A Critica: A gestão influenciada pela abordagem organizacional marxista, e vista como um mecanismo de controle social, atrelada a imperativos de ordem econômica, imposto de uma ordem capitalista de produção. Esta perspectiva enfatiza o