Resumo - ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco, Capitulo VII. Tradução Leonel Vallandro e Gerd Bornheim. São Paulo: Abril S.A, 1984.
794 palavras
4 páginas
No Capítulo VII de Ética a Nicômaco, Aristóteles distingue que existam três espécies de disposições morais a serem evitadas: o vício, a incontinência e a bestialidade. As disposições contrárias a duas delas são evidentes: uma chamou de virtude e a outra de continência. Para o autor, se os homens se tornaram deuses pelo excesso de virtude, evidentemente deve ser dessa espécie a disposição contrária à bestialidade. Discute-se a incontinência e a frouxidão (efeminação), e também suas disposições contrárias, a continência e a fortaleza. Considera-se que tanto a continência quanto a fortaleza estão incluídas entre as coisas boas e louváveis, e que tanto a incontinência quanto a frouxidão incluem-se entre as coisas más e censuráveis. Em primeiro lugar devemos investigar se as pessoas incontinentes agem tendo ou não ciência de seus atos, e em que sentido; e a seguir investiguemos com que espécie de objetos se relaciona o homem incontinente e o continente, e se as pessoas continentes e as dotadas de fortaleza são as mesmas ou diferentes; e analogamente no que diz respeito aos outros assuntos de nossa investigação. A continência é a moderação e a incontinência o exagero ou exaltação. A bestialidade é um mal menor do que o vício. O hábito é adquirido pela prática, até fazer-se próprio da natureza humana, no seu raciocínio instantâneo. Neste capítulo, Aristóteles aborda que nos versos de Homero que fala sobre o cinto bordado de Afrodite: E ali estão os sussurros de amor, tão sutis que roubam a razão aos mais sábios espíritos. O seu apetite por Afrodite venda a sua razão, e ele age pela emoção. Um homem mal causará muito mais mal do que um animal irracional. A diversão é um relaxamento da alma, visto que é uma pausa no trabalho; e o homem que gosta demasiadamente de diversões excede-se em tais coisas. Entre as espécies da incontinência, uma é a impetuosidade, e outra é a indolência. O homem incontinente é como aqueles que se embriagam rapidamente e com pouco vinho. Uma