Resumo - amor nos tempos do capitalismo - eva illouz
Eva Illouz
1. A ascensão do Homo Sentimentalis: Os sociólogos parecem esquecer de questões como o afeto na modernidade. Quando Marx fala em alienação de trabalho, por exemplo, no trabalhador que é explorado, ele não leva em consideração a mudança que isso traz para o afeto, o carinho… O que mais se interessa pelo carinho é o sociólogo Durkheim. O afeto não é uma ação em si. É uma energia interna que nos faz agir. É um significado cultural que diz respeito à relação entre o eu e o outro. O afeto é uma entidade psicológica, cultural e social. Segundo Eva Illouz, a criação do capitalismo caminhou com uma cultura afetiva super especializada. O mercado moldou as relações afetivas.
Freud e as conferências na Universidade Clark O estilo afetivo moderno foi moldado pela linguagem da terapia, que surgiu num período entre a primeira e a segunda guerra mundial. Afinal, as terapias permitiram que surgissem novos símbolos de identidade. Fez com que o homem se relacionasse de outra forma com esses símbolos. Mudou a noção do EU, e a família teve um papel crucial nisso. A sexualidade passou a ser vista por dois lados: o normal e o da patologia (patologia = doença psíquica). O que permitiu também que a sexualidade fosse tão incorporada na modernidade foi a linguagem sobre o tema, muito recorrente no cinema e na literatura, por exemplo. A expansão do mercado de consumo, a indústria do livro e as revistas femininas começaram a utilizar, na década de 20, dessa linguagem sexual. O mercado mudou as relações das pessoas entre si e com o mundo. A psicologia foi utilizada nesse meio. Engenheiros tendiam a pensar nos homens como máquinas na empresa. A modernidade introduziu laços de família no ambiente de trabalho. Antes, a cultura afetiva tinha separado homens e mulheres nos lugares públicos. A cultura do século XX mudou, redefiniu essas fronteiras, e voltaram a vida afetiva central para o trabalho.
Um novo estilo afetivo A