Resumo além da economia verde
Porque o livro possui como título “Muito Além da Economia Verde”? Porque a necessidade de ultrapassar os “limites” impostos por essa economia? Ao lermos o livro, essa é uma pergunta muito fácil de ser respondida.
A produção mundial é extremamente dependente de uma matriz energética baseada em petróleo. Produzimos uma eficiência energética baixa, usamos mal os materiais e a energia que dispomos, além de desperdiçamos os recursos bióticos.
Documentos internacionais, projetos, protocolos, todos se baseiam na criação de uma economia que equilibre a proteção ambiental, justiça social e viabilidade econômica, prejudicado, notadamente, pelo crescimento populacional e o consumo excessivo.
No final dos anos 80, a Comissão Bruntland, da Comissão Mundial do Meio Ambiente, propôs no relatório Our Common Future o conceito de desenvolvimento sustentável: “satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as próprias necessidades” (WCDE, 1987).
Na década seguinte, a Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio 92, discutiu a Agenda 21, documento que estabeleceu a importância dos países se comprometerem com reflexões e ações para solucionar os problemas socioambientais, consolidando o conceito de desenvolvimento sustentável como objetivo comum (AGOPYAN; JOHN, 2011, p.28).
O objetivo hoje é produzir melhor com energia mais limpa. Mesmo se intensificássemos os avanços tecnológicos, se as desigualdades do uso dos recursos dos ecossistemas não existissem, não conseguiríamos compatibilizar o tamanho do sistema econômico com o limite de nosso ecossistema.
O Brasil, hoje, produz 4 milhões de automóveis anualmente, são 100 novos carros por dia. Antes o automóvel era emblema da mobilidade, hoje é sinônimo de ficar parado no transito, de perda de tempo, de lucro e de “vida”.
Uma alternativa para esse problema seria o aumento do número e qualidade do transporte público que reduziria, portanto, o