RESPOSTA
ARQGA/1236
NEOPLASIA AVANÇADA
DE ESÔFAGO – diagnóstico ainda muito tardio
Fernanda Prata THULER1, Nora Manoukian FORONES1 e Angelo Paulo FERRARI2
RESUMO – Racional - A neoplasia de esôfago está entre as 10 mais incidentes no Brasil. O diagnóstico é geralmente tardio e a sobrevida média é de 4 a 6 meses, independente da terapêutica. O alívio da disfagia e a melhora da qualidade de vida são os objetivos principais da terapêutica paliativa. Objetivo - Avaliar a qualidade de vida e a paliação da disfagia obtida com diferentes tipos de tratamento oferecidos aos pacientes com neoplasia avançada de esôfago. Pacientes e método - Avaliação prospectiva de 38 pacientes com neoplasia avançada de esôfago, com disfagia, sem possibilidade de tratamento curativo, entre setembro de
2001 a junho de 2005. Os pacientes foram alocados aleatoriamente, de acordo com a disponibilidade da terapia ou preferência do paciente ou do médico responsável, sendo 14 tratados com colocação de prótese (9 metálicas auto-expansíveis, 4 plásticas e 1 plástica auto-expansível), 4 com cirurgia paliativa, 8 com gastrostomia (7 cirúrgicas e 1 endoscópica) e 12 com sonda nasoenteral. Resultados - Houve melhora do índice médio de disfagia em 30 dias em todos os grupos, exceto no da gastrostomia.
A colocação da prótese de esôfago melhorou a disfagia de forma estatisticamente significante em relação às outras terapias paliativas. A qualidade de vida avaliada pela mediana do índice de Karnofsky não apresentou melhora em nenhum grupo de pacientes. O número de internações necessárias não foi diferente entre os grupos. A duração média das internações foi maior no grupo de tratamento cirúrgico (42 dias), embora sem diferença significativa. Não houve diferença na sobrevida média dos pacientes, independente do tipo de tratamento. Conclusão - A paliação ideal para todos os casos não existe. O método deve ser individualizado para cada paciente. O tratamento