Responsabiliodade social
Luís Eduardo Silva de Barros
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André da Silva de Oliveira
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Resumo
O presente trabalho concentra-se em uma análise crítica dos impactos sociais decorrentes da implantação de usinas hidrelétricas, com destaque aos programas de remanejamento populacional oferecidos e a responsabilidade social daí derivada.
Diferentemente da esmagadora maioria dos estudos desenvolvidos sobre o tema, aqui se buscará mo strar alguns benefícios que vêm sendo experimentados pelas populações atingidas, cotejando-os, brevemente, com a situação nas quais se encontravam essas populações antes da chegada dos empreendimentos.
Para tanto, da prática, extrair-s e-á alguns dados referentes às usinas hidrelétricas Itá, Machadinho e
Barra Grande.
1 - Introdução
Em que pesem as inúmeras discussões acerca da matriz energética brasileira e da sua forte dependência às grandes usinas hidrelétricas, a participação da
Ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, na
Conferência Internacional de Energias Renováveis, realizada em Bonn, Alemanha, em junho deste ano, sedimentou uma posição que vem ao encontro da realidade brasileira. De fato, como bem sustentou, o
Brasil explora apenas 24% do seu potencial hidrelétrico e parecem não haver dúvidas de ser essa fonte de energia uma das mais limpas, além de apresentar, comparado às fontes alternativas de geração de energia, custos reduzidos de instalação, operação e manutenção. É certo, também, que a implantação de empreendimentos do porte de uma usina hidrelétrica promove diversas alterações nos meios físico, biótico, ambiental e social das regiões lindeiras aos reservatórios. Tais alterações, como sabido, devem ser previstas no Estudo Prévio de Impacto Ambiental e, a partir daí, uma série de medidas compensatórias e mitigadoras a serem implementadas pelo empreendedor são estabelecidas pelo órgão ambiental