Responsabilidade socioambiental
A nova consciência ambiental, surgida no bojo das transformações culturais que ocorreram nas décadas de 60 e 70, ganhou dimensão e situou o meio ambiente como um dos princípios fundamentais do homem moderno. Nos anos 80, os gastos com proteção ambiental começaram a ser vistos pelas empresas líderes não primordialmente como custos, mas como investimentos no futuro e vantagem competitiva. A inclusão da proteção do ambiente entre os objetivos da organização moderna ampliou substancialmente o conceito de administração. Gestores introduziram em suas empresas programas de reciclagem, medidas para poupar energia e outras inovações ecológicas, surgindo a cada dia novos sistemas gerenciais de cunho ecológico.
A gestão ambiental é, antes de tudo, uma questão de sobrevivência, tendo em vista que o meio ambiente é hoje parte do processo produtivo e não mais uma externalidade. Isto faz com que a variável ambiental esteja presente no planejamento das empresas por envolver a oportunidade de redução de custos, já que uma empresa poluente é, antes de tudo, uma entidade que desperdiça insumos e gasta mais para produzir menos. (SEBRAE, 2007) Donaire (1999, apud Kraemer, 2007) diz que o retorno do investimento, antes entendido simplesmente como lucro e enriquecimento de seus acionistas, ora em diante passa, fundamentalmente, pela contribuição e criação de um mundo sustentável. Souza (1993, apud Kraemer, 2007) diz que as estratégias de “marketing ecológico” visam à melhoria da imagem da empresa, através da criação de produtos “verdes” e de ações voltadas para proteção ambiental. Muitas empresas têm demonstrado que é possível ganhar dinheiro e proteger o meio ambiente, com criatividade e condições internas que possam transformar as restrições e ameaças ambientais em oportunidades de negócios. A avaliação do impacto ambiental é considerada um instrumento de política ambiental preventivo, pois pretende identificar, quantificar e minimizar as