Responsabilidade social com o idoso
Como fenômeno universal, o envelhecimento populacional levou a Organização das Nações Unidas - ONU promover em Viena no ano de 1982 uma Assembléia Mundial para discutir a cerca de questões voltadas para o envelhecimento, analisando o indivíduo inserido no contexto social e abordando aspectos fisiológicos do seu desenvolvimento. Nesse encontro reuniram-se especialistas de diversas áreas científicas e de vários países, entre os quais o Brasil, reconhecendo, então, a importância de um estudo direcionado à população idosa, que durante muito tempo ficou relegada ao esquecimento.
Segundo a ONU, os estudos epidemiológicos, realizados por Luiz Roberto Ramos do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina; por Renato Veras, do Instituto de Medicina Social da Universidade do Rio de Janeiro e por Alexandre Kalache da London School of Hygiene end Tropical Medicine, publicado na Revista de saúde pública, USP (1987,1988 e 1989) mostram que o mundo está em profunda transição demográfica. Esses estudos indicam que os países do Terceiro Mundo serão aqueles que sentirão mais drasticamente estas transformações de ordem sócio-econômica, política e cultural, pois os idosos deixarão de ser uma minoria e passarão a representar um número bastante expressivo na população mundial, com o conseqüente aumento da população inativa, que ultrapassará em número a população economicamente ativa.
Dados projetados pela World Helath Statistics Annvals no ano de 1982 indicam que o Brasil que era considerado em 1950, o 16º país do mundo em população de idosos, no ano de 2025 será a 6ª nação com maior número de idosos em todo mundo,