Resistência parasitária
Marcelo Beltrão Molento, Médico Veterinário, PhD
Setor de Doenças Parasitárias
Universidade Federal de Santa Maria, UFSM molento@smail.ufsm.br As formas de criação dos eqüídeos favorecem a grande incidência de infecções parasitárias, já nos primeiros dias de vida. A fauna parasitária é vasta e compreende várias famílias/gêneros distintas, entre elas: os Pequenos estrôngilos: Cyathostomum sp., Triodontophorus sp., Cylicostepamus sp., os
Grandes estrôngilos: Strongylus vulgaris, S. equinus, S. edentatus e ainda uma longa lista de parasitas internos: Parascaris equorum, Oxyuris equi,
Strongyloides westeri, Trichostrongylus axei, Gasterophilus sp., Habronema sp., Dictyocaulus arnfield, Anoplocephala sp. Estes organismos podem causar desde um pequeno desconforto abdominal até episódios fulminantes de cólicas seguidos de morte. Dados de campo sugerem que os eqüinos adquirem resistência aos pequenos estrôngilos com a idade, verificados através da redução da carga parasitária e a contagem de ovos nas fezes. Esta resposta é lenta e inconsistente na maioria dos animais e não tem relação com a intensidade do contato parasitário anterior (Klei e Chapman, 1999).
O controle destas infecções é necessário, pois resulta em um melhor desempenho destes animais, especialmente quando estão em locais com alta lotação animal. A forma de controle adotado na maioria dos criatórios utiliza exclusivamente os compostos antiparasitários. Dentre os compostos disponíveis, existem cinco grupos químicos distintos que são os mais utilizados: os benzimidazóis (albendazole, oxibendazole), as pirimidinas e imidazóis (pirantel, levamisol), as isoquinolonas (praziquantel) e o grupo das lactonas macrocíclicas (ivermectina, moxidectina, doramectina, abamectina). A grande diferença entre os grupos químicos está no seu mecanismo de ação diferenciado e as formas de eliminação parasitária. Vale