Residuos suinos
A carne suína é a carne mais consumida no mundo. De acordo com a USDA –Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o rebanho mundial de suínos em 2005, foi superior a 843 milhões de cabeças, dos quais 500 milhões localizavam-se na China (o maior produtor de carne suína), 153 milhões na União Européia (o segundo produtor mundial), 61 milhões nos Estados Unidos (o terceiro produtor mundial) e 33 milhões no Brasil, o quarto produtor mundial de carne suína, tendo produzido 2,7 mil toneladas de carne suína em 2005, contando com um total de 3 milhões de matrizes.
Importante setor do agronegócio brasileiro, a suinocultura foi responsável pela exportação de 625 mil toneladas em 2005, atingindo faturamento de US$ 1,18 bilhão somente com o mercado externo naquele ano, segundo a abipecs – Associação Brasileira Ind Prod Exp Carne Suína, e vem se desenvolvendo nos últimos anos, devido aos grandes avanços tecnológicos na seleção de matrizes, reprodução controlada, controle da alimentação e de sanidade, que geraram um aumento da produtividade do setor.
A profissionalização da suinocultura trouxe também a produção de grandes quantidades de dejetos, que pela falta de tratamento adequado, se transformou na maior fonte poluidora dos mananciais de água. Até a década de 70, os dejetos suínos não constituíam fator preocupante, pois a concentração de animais era pequena e o solo das propriedades tinha capacidade para absorvê-los ou eram utilizados como adubos orgânicos.
O sistema de biodigestores é uma alternativa para o tratamento desses dejetos, gerando uma fonte de energia renovável e sustentável, além de ser uma solução para minimizar a pressão ambiental da atividade, que é considerada pelos órgãos ambientais uma “atividade potencialmente causadora de degradação ambiental”, sendo enquadrada como de grande potencial poluidor. Pela legislação Ambiental (Lei 9.605 – Lei de Crimes Ambientais), o produtor pode ser