Residencia em Ribeirão Preto - MMBB
No térreo, os autores do projeto recriaram a geografia do terreno. Ao visitar o local, os arquitetos constataram que o proprietário anterior do terreno havia feito um platô, por meio de compensação da massa. Resolveram, então, criar uma morfologia para o lote, com três platôs elevados, utilizando o volume de terra preexistente.
O primeiro platô, localizado no recuo frontal, tem 2 m de altura e está na mesma cota do muro. Ele se relaciona com a área de estar, situada no piso superior. O segundo é mais baixo e, além do patamar da escada de acesso, que lembra a casa Gerassi, de Paulo Mendes da Rocha, abriga um jardim e a piscina. O terceiro ocupa o recuo do fundo, na mesma cota do platô frontal, e relaciona-se com os dormitórios. Entre esses três volumes criou-se um passeio, uma espécie de praça labiríntica de mosaico português, no térreo - onde, além da garagem, estão a lavanderia e as dependências de empregados.
O programa residencial - sala, cozinha e quartos - está implantado em pilotis. O formato em "U" da planta, compondo um pátio central, define alas para as áreas social, de serviços e íntima. A primeira está situada na porção frontal, junto à rua, em volume paralelo à via. O setor de serviços, definido pela cozinha, está na parte intermediária, no meio do terreno. Nesse local fica também o acesso principal. Por último, o setor íntimo abriga dormitórios e sanitários.
A estrutura é apoiada em apenas quatro pilares. A laje do piso superior não possui vigas, enquanto a da cobertura tem duas grande vigas paralelas, das quais são lançados quatro tirantes de aço que ajudam a estruturar o piso superior. Isso explica a descentralidade dos pilares em relação ao desenho da laje. Uma das vigas