RESERVAS INTERNACIONAIS E TAXA DE JUROS DO BRASIL NA DÉCADA DE 1980
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Reservas Internacionais
No início da década de 1980 o Brasil passou por sérios problemas financeiros ( taxa de juros elevada e altíssimos níveis de inflação por exemplo), a solução de todos esses problemas é muito importante para a saúde do sistema financeiro, mas, abordaremos aqui um em especial: o déficit em suas contas internacionais, mais um dos males que afetou muito o desempenho do país na década.
Logo na entrada da década o país vinha sufocado devido o segundo choque do petróleo, o que levou a um aumento nas importações, prejudicando fortemente sua balança comercial e consequentemente, o nível de divisas. Com os juros baratos, o país vinha recorrendo muito a empréstimos externos, e com as conturbações ocorrendo, se via cada vez mais dependente deles. Foi nesse momento que a situação começou a piorar, simultaneamente os Estados Unidos passava por problemas com altos índices de inflação o que obrigou as autoridades americanas a elevar os juros a níveis jamais vistos, acima de 20%, esse fato levou as taxas internacionais para cima, e agora o crédito que era barato se tornou caro.
O problema se agravou em 1982 quando o México assumiu que não tinha como pagar a dívida externa declarando moratória, gerando uma certa desconfiança com os países subdesenvolvidos, prejudicando ainda mais a entrada de investimentos externos no país. Nesse momento o país se encontrava no vermelho e sem crédito, então, o governo começou a intervir numa tentativa de ajustar o balanço de pagamentos, contendo importações, remessas de capitais etc. Porém, as intervenções não foram suficientes e em 1983 o país pediu socorro ao FMI(Fundo Monetário Internacional). Desse momento em diante seguiu-se uma série de negociações, o Brasil comprometeu-se a seguir as orientações do Fundo, cumprindo metas fiscais, monetários, tarifárias e cambiais.
Com a adoção de políticas extremamente recessivas, restringindo o consumo,