Reservas internacionais brasileiras
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1. O Brasil no cenário mundial Quando não há reservas e há crise, o país pode se encontrar em sérias dificuldades, já que pode sofrer com escassez de dólares, sendo obrigado a pedir empréstimos internacionais, no caso de países periféricos como o Brasil que tem uma moeda que não exerce os papeis fundamentais da moeda (unidade de conta, reserva de valor e meio de pagamento) no âmbito externo. O Brasil passou por situações assim e teve que elevar a taxa de juros (para atrair dólar) e reduzir o crescimento (para estancar a demanda por importações, já que é necessário dólar para importar), no entanto hoje, o Brasil possui reservas e que se mostraram, de fato, essenciais para o enfrentamento da crise de 2008, quando grande parte dos investidores estava buscando liquidez, retendo dólares (divisa-chave), as reservas do Brasil não só deram estabilidade para não precisar subir os juros, mas como para baixa-los, que além de fomentar a economia, aumentando o crédito, gerou redução da dívida pública.
A crise externa brasileira que compreende do período de 1998 até 2000, sofreu com as profecias autorrealizáveis, ou seja, acontece justamente à expectativa que tinham os agentes, algo que não era inevitável acaba acontecendo pela convicção dos que acreditaram que de fato fosse acontecer. É considerado um tipo clássico de crise. Os desequilíbrios fiscais e da conta corrente, em um regime de câmbio fixo, resultam em uma sucessão de perda gradual de reservas, ataque especulativo, e por fim, desvalorização.
O acumulo de reservas internacionais é uma tendência óbvia na maioria dos países do mundo, especialmente os periféricos, tal tendência que se acentuou após a crise de 2008 em razão da aversão das autoridades às crises financeiras. Aumentando suas reservas, aumenta também sua massa de manobra para eventuais instabilidades, através da liquidez (veja a tabela 1 com alguns países e suas reservas internacionais).
TABELA 1 | | | 1° | China | 3,240 trilhões | 6° | Brasil |