Resenhas
A síndrome de Barlow é caracterizada pela associação de click meso-telessistólico e sopro telessistólico associados a ondas “T” invertidas em DII, DIII e aVF no eletrocardiograma. O Prolapso da Válvula Mitral (PVM) faz parte dos sinais encontrados na Síndrome de Barlow e o Eco2D é o principal método não-invasivo utilizado para o seu diagnóstico2,3. Embora o ecocardiograma unidimensional, por ter maior freqüência de pulso, seja mais específico, o Eco2D tem se mostrado mais sensível devido à sua maior relação espacial e à possibilidade de ser analisado em tempo real4.
A prevalência do PVM variou nas publicações das últimas décadas, atingindo valores de 5% a 15%5. Atualmente acredita-se que seja em torno de 2,4% a 3,1%, sem haver predominância quanto ao sexo ou grupos étnicos6,7.
Na tentativa de minimizar as divergências e padronizar os achados do Eco2D, reduzindo a subjetividade inerente ao método, a American Society of Echocardiography publicou uma normatização para o diagnóstico ecocardiográfico do PVM8. No entanto, ainda não existe unanimidade nos critérios diagnósticos, existindo diferenças entre os diversos laboratórios e entre os ecocardiografistas de um mesmo serviço4.
A associação de PVM com a Redundância do Septo Interatrial (RSIA) e a Degeneração mixomatosa dos folhetos mitrais (DM) tem implicações diagnósticas e prognósticas, muitas vezes confundindo o seu diagnóstico clínico9,10.
Com o intuito de avaliar a reprodutibilidade do método, objetivou-se avaliar a concordância entre ecocardiografistas para o diagnóstico de PVM e sua associação com RSIA e DM, utilizando o Eco2D.