Resenha
O filme retrata a vida de uma menina que recém formada retorna a sua cidade querendo exercer sua profissão. Como escritora ela enxerga a oportunidade de retratar o cotidiano de sua cidade, porém a questão vai ao âmbito mais fundo do que ela mesmo pensava, chegando á questões raciais.
Ao deparar-se com uma cidade que está imersa ao preconceito, Skeep encontra Aibileen Clark (viola Davis) uma doméstica negra que já criou 17 crianças brancas e propões a ela a construção de um livro com as histórias de sua vida como empregada doméstica de brancos. Os relatos vão se transformando em uma denuncia contra essa sociedade racista, e aos poucos mais empregadas domésticas negras vão juntando forças para fazer daquele livro uma ferida aberta dentro daquela sociedade. De reuniões de contações de histórias vai surgindo uma irmandade.
A história sofrida das mulheres negras no sul dos EUA, que passaram sua vida inteira cuidando da casa e dos filhos de famílias elitistas brancas, mostra o lugar que a sociedade racista destinou como ocupação prioritária das mulheres negras até os dias atuais, empregadas domésticas. Demonstra também a negação de inserção do negro na sociedade. Sem direitos civis e muito menos trabalhistas essas mulheres sofrem todos os tipos de preconceitos e discriminação.
As cenas mostram constantemente a hierarquização das raças como instrumento de poder das classes dominantes, mantendo o negro como inferior, mas delegando toda a responsabilidade dos cuidados com seus filhos e da casa, enquanto esses se preparam para uma melhor inserção no mercado de trabalho.
Apesar de concordar que o filme é simpático e atraente para um olhar superficial, tenho que apontar para o perigo desse olhar rasteiro, pois em uma