Resenha
Sergio França Adorno de Abreu é graduado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo- USP(1974). Doutorando em Sociologia pela USP(1984), Pós-Doutorado pelo Centre de Recherches Sociologiques sur le Droit et les Institutions Pénales, CESDIP, França. Possui larga experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia Política e pesquisa, dentre outros temas, processos políticos e instituições públicas.
No capítulo I, o autor expõe suas ideias comentando acerca das emancipações políticas no Brasil, observando-se as disparações e choques nas bases liberais e democráticas, e os papeis das escolas de Direito determinando a postura dos jusfilosoficos dos bacharéis de Direito, no século XIX.
O andamento da emancipação da sociedade, veio como uma forma de conflito, pois diferentes visões se confrontavam. A elite da época via a emancipação como uma forma de progresso, modernização, sem aceitar a república e democratização, com andamento continuo para civilização. Já a prole ou seja o povo via nessa mudança uma luz para o termino da miséria e dos benefícios que a elite recebia, fazendo assim com que houvesse ainda menos diferenças entre as classes.
O período regencial e o 2° império ficaram evidentes como uma luta entre os conservadores e radicais, com o apoio de escravos e movimentos urbanos. Assim ocorreu uma contradição entre a democracia liberal e a forma aristocrática de poder.
No plano político da época comumente ocorriam disputas entre conservadores, e liberais sendo eles moderados ou radicais, tratando em uma mudança no processo abolicionista e republicano. Os liberalistas moderados viam através das figuras dos governantes a gênese do mal que acreditavam recair sobre a nação. Já os