Resenha

O volume de trabalho da sociedade do trabalho se encolhe e o sistema salarial é transfigurado em seus princípios organizativos. A passagem do sistema educacional para o sistema empregatício se torna incerta e instável.
Mas já se pode dizer adiantado: uma “restauração do referencial professional” será inescapável, por meio da qual se ofereça a oportunidade histórica de uma reconversão imaginária da educação no sentido da formação, com um significado a ser reelaborado.
A distribuição de oportunidades sociais também precisa ser rediscutida. Como demostram pesquisas empíricas de 1970 e 1982 reduziu-se drasticamente a probabilidade de que ainda se alcance, com um diploma de ensino superior, a posição equivalente em termos de status. O sistema educacional perdeu nos anos setenta sua função distributiva e, relação ao status: um diploma já não é suficiente para obter determinada posição professional.
Sem um diploma que ateste qualificação, o futuro professional fica completamente obstruído. Certificados de qualificação são cada vez menos suficientes, mas ao mesmo tempo mais necessários para alcançar as almejadas e disputadas posições professionais.
Como e com base em que critérios serão distribuídas, agora e no futuro, oportunidades sociais escassas entre pessoas com idênticas qualificações formais?
A decisão a respeito de dois diplomas equivalentes é por sua vez delegada ao sistema empregatício, já que as empresas podem atualmente decidir por meio de serus próprios testes de admissão. Os diplomas concedidos pelo sistema educacional já não abrem as portas para o sistema empregatício como antes.
Isso afeta cada vez mais os que têm apenas um diploma do ensino fundamental. Concluir com sucesso algum curso profissionalizante é com frequência cada vez maior um pré-requisito para poder adentrar a vida profissional. Jovens que não podem comprovar ter concluído qualquer curso profissionalizante passam a ser marginalizados. Pessoas com um nível básico de educação se tornam