Resenha
Resenha crítica de “Shakespeare in the bush”
Shakespeare in the bush (Agosto de 1966), da antropóloga Laura Bohannan se depara com uma questão que foi abordada por seu amigo inglês. Ele afirmou que os americanos encontram dificuldades de compreender as obras de Shakespeare, já que ele é um poeta inglês e na concepção dele, o universal pode ser fácil de interpretar erroneamente. Logo na visão de Bohannan, “Shakespeare” é o mesmo em todo mundo, no entanto, ela como antropóloga precisa considerar a necessidade do relativismo cultural, saber que os horizontes de nossa cultura são muito mais reduzidos do que julgamos e que verdades por nós consideradas universais sempre serão “contigentes e localizadas.”.
Antes de ir para a tribo dos Tiv, seu amigo inglês a presenteou com uma das obras de Shakespeare, Hamlet, para que ela pudesse interpretar o universal corretamente. Ao chegar à aldeia era tempo de chuva e os nativos permaneciam em casa, o que lhe impossibilitava o seu trabalho, então, só lhe restava ler o Hamlet. Em uma de suas visitas ao velho da tribo, foi convidada a permanecer junto deles. O velho sábio a questionou que tantos papéis lia, Laura explicou que eram “coisas muito antigas” de sua terra. O sábio muito interessado pediu a ela que contasse a história, a antropóloga aproveitou o ensejo para mostrar que Hamlet era universalmente inteligível.
Os problemas encontrados por Laura Bohannan, nem foi tanto com a língua, mas com a cultura local, como por exemplo, os Tiv não concebem o espírito e se recusavam a aceitar o início da tragédia, quando o espectro do rei aparece para Hamlet. Os velhos da tribo indagaram-na e conforme a cultura deles, explicaram a ela que isso ocorreu, devido à bruxaria. Outra dificuldade encontrada, mesmo sendo mínima, foi encontrar um significado para homem culto (erudito), que não significasse bruxo. Ela encontrou uma grande barreira para