Resenha
A identidade na nossa sociedade tem relações bastante significativas com o poder, se mostra de três formas: legitimadora, a qual é afirmada pelas instituições dominantes; de resistência, representada por atores em posição desvalorizada; e de projeto, a partir da qual é possível a construção de uma nova identidade capaz de redefinir uma posição na sociedade.
No Brasil a vinda dos negros se deu através do tráfico negreiro, trazidos como cativos para trabalhar como escravos no cultivo da cana-de-açúcar. Muitos não resistiam a viagem devido as péssimas condições dos barcos.
Os negros realizaram inúmeras revoltas e fundaram quilombos, que eram utilizados refúgio. No ano de 1888 em maio foi assinada pela princesa Isabel a Lei Áurea, pondo fim aos séculos de escravidão. Porém, os negros foram deixados a própria sorte, várias conseqüências negativas decorreu desse abandono sem nenhum planejamento, como a segregação, o preconceito, a falta de oportunidades, a criação das favelas, dentre outras.
Hoje em dia, o termo “raça” evoluiu e se apresenta carregado de ideologia, escondendo as relações de poder e a discriminação. Ainda hoje há uma lutas diárias pelo reconhecimento de uma identidade esquecida e contra as variadas formas de segregação. Projetos e ações afirmativas, como à aprovação do Estatuto da Igualdade Social e a criação da Universidade Luso Afro Brasileira, os cursinhos pré-vestibulares para negros e pobres, e as cotas raciais para acesso ao ensino superior são apenas algumas iniciativas de ressarcimento histórico aos afro-descendentes e os africanos.
Existem movimentos religiosos que buscam uma construção da identidade racial, como os Agentes de Pastoral Negros (APNs) e o Grupo de Reflexão dos Religiosos Negros e Indígenas (GRENI), que buscam combater o