O livro Teoria da literatura, escrito por Vitor Manoel de Aguiar e Silva, professor, escritor e poeta português, apresenta a história do romance e os sistema de um gênero literário, em seu décimo capitulo. O assunto abordado trata-se primeiramente do desenvolvimento do romance, pois até no século XVIII ele era pouco popular, e entrara em crise pelo fato de que o povo cansara do seu carácter fabuloso e exigia mais realismo, mais verossimilhança, sendo substituído pela novela que oferecia estas qualidades. Porém no começo do próximo século o romance se transformou na mais importante forma de expressão literária, o romancista de autor pouco considerado, se transformou num escritor prestigioso. O século XIX constitui o período mais esplendoroso da história do romance. O autor aborda ainda vários romances, desde o romance medievo ao romance moderno. De várias tentativas para estabelecer uma classificação ao tipo de romance ele comenta de uma aceitável, que os divide em três classes: o romance de ação ou acontecimentos – caracterizado por uma intriga centralizada com começo, meio e fim bem organizados; o romance de personagem – caracterizado por uma personagem central, e que geralmente o título é constituído por seu nome; o romance de espaço – se caracteriza por ter relevância a pintura do meio histórico e dos ambientes sociais nos quais acontece a história, podendo ser geográfico ou não. Embora muitos romances, dificilmente, podem ser integrados nesta ou naquela classe. Na narrativa romanesca a personagem é indispensável, podendo ser a que realiza a ação, a que suporta e ainda a que se beneficia ou é prejudicada sobre a ação. Dentre as personagens podemos encontrar o protagonista (personagem principal, herói), o antagonista (personagem que se contrapõe ao protagonista, o vilão) que muitos textos se coincide com o deuteragonista (personagem secundária mais relevante), e os comparsas (personagens ocasionais). Em alguns textos o protagonista é visto como anti-herói,