Resenha

Na contemporaneidade poderíamos dizer que nunca se falou tanto em depressão como agora. Seria um dos males que mais acomete a humanidade? Muito se fala em depressão, angustia e melancolia. Mas de qual depressão estamos falando? A melancolia já descrita por Freud, que seria a depressão patológica, aquela que paralisa o sujeito, ou estados depressivos(como a tristeza pela perda de um amor, de um ente querido, o desânimo, a angustia...)?São várias as definições encontradas. De acordo com o Código Internacional de Doenças - CID 10, o indivíduo para ser considerado em estado de depressão deverá apresentar os seguintes sintomas: - Perda de interesse e prazer e energia reduzida levando a uma grande fadiga e atividade diminuída. - Cansaço marcante após esforços leves - Concentração e atenção reduzidas; - Autoestima e autoconfiança reduzidas; - Ideias de culpa e inutilidade - Visões desoladas e pessimistas do futuro; - Ideias ou atos suicidas - Perturbações do sono - Apetite diminuído ou alterado
O perfil esperado, digamos assim, para o indivíduo ser considerado como vivenciador do quadro de depressão são os descritos acima e questionar por quanto tempo os sintomas estão acontecendo, se maior que duas ou mais semanas, pois na sociedade em que nos encontramos, onde tantas cobranças bombardeiam o ser humano todos os dias é muito difícil não episódios compatíveis com quadros depressivos, sem que para isso se esteja vivendo em depressão propriamente dita. Se analisarmos a quantidade de coisas em que a sociedade torna-se o grande cobradora, como por exemplo: ser bem sucedido, vestir-se bem, caber dentro dos padrões estabelecidos em que se tem que estar bem, parecer bem, ter dinheiro e estabilidade profissional e emocional, vivendo a ilusão de pleno bem estar.

Talvez o grande mal estar que Freud falava seja a dificuldade do sujeito olhar para si mesmo e não corresponder ao que a sociedade espera que ele seja, impõe que ele tenha, sem esquecer que na