Resenha
Print version ISSN 1414-9893
Psicol. cienc. prof. vol.20 no.2 Brasília June 2000 http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932000000200004 ARTIGOS Testes psicológicos e técnicas projetivas: uma integração para um desenvolvimento da interação interpretativa indivíduo-psicólogo.*
Nilton Soares FormigaI; Ivana MelloII
Centro Universitário de João Pessoa - Unipê
Endereço para correspondência
Ao discutir sobre a importância dos testes em psicologia, sempre tendemos a cair no imenso e quase inacabável debate no que diz respeito a objetividade e subjetividade. Por um lado, considera-se que os testes psicológicos (a psicometria) são objetivos, facilita uma melhor compreensão do que se deseja observar, além do que tem um caráter científico; por outro, as técnicas projetivas proporcionam um amplo campo de interpretação no que trata do resgate do inconsciente do indivíduo, embora seja questionado sua cientificidade, por não demonstrar dados quantitativos (provas empíricas). Para Varendock (1972, citado em Freud, 1924, p. 34) pensar em figuras é apenas uma forma muito incompleta de tornar-se consciente, mas de certo modo, ela se situa, tanto ontogênico quanto filogeneticamente mais perto do processo inconsciente do que pensar que palavras, sendo inquestionavelmente mais antigo que o último, tanto ontogenético quanto filogeneticamente. Contudo, sua ampla aplicação na formulação dos diagnósticos é considerado essencialmente científico, pois, nos permite resultados semelhantes e práticos, tais como: levantamento do problema, formulação de hipóteses, estudos das variáveis e comprovação ou refutação das mesmas. Contudo, atualmente são poucos os psicólogos clínicos que têm utilizado com maior intensidade estas técnicas que, destacando-se pela forma flexível e livre de trabalho complementam, reforçam ou fundamentam clinicamente um diagnóstico, permitindo assim, uma valorização da subjetividade, que segundo Abib