resenha
A falta de uma história da arquitetura que possa ser considerada satisfatória deriva da falta de hábito da maior parte dos homens, de entender o espaço, e do insucesso dos historiadores e dos críticos da arquitetura na aplicação e difusão de um método coerente para o estudo espacial dos edifícios.
O caráter essencial da arquitetura está no fato de agir com um vocabulário tridimensional que inclui o homem.
A arquitetura é como uma grande escultura escavada, em cujo interior o homem penetra e caminha.
Quando queremos construir uma casa, apresentamos uma perspectiva e uma vista exterior, apresentamos plantas e cortes, isto provem de nossa falta de educação espacial, é uma realidade que ninguém vê a não ser no papel, mas a arquitetura não provem de um conjunto de alturas, comprimentos e larguras dos elementos, ela provem mais precisamente do vazio, do espaço encerrado, do espaço interior em que os homens andam e vivem, assim como a poesia é algo mais do que um grupo de belos versos.
Quem quer se iniciar no estudo da arquitetura deve, antes de tudo, compreender que uma planta pode ser abstratamente bela no papel, fachadas podem parecer bem estudadas pelo equilíbrio dos cheios e dos vazios, o volume total do conjunto pode mesmo ser proporcionado, e, no entanto o edifício pode resultar arquitetonicamente pobre.
As quatro fachadas, por mais belas que sejam, constituem apenas a caixa dentro da qual está encerrada a jóia arquitetônica. Por mais bela que sejam continua a ser invólucro.
No entanto, quando tudo parecia criticamente claro e tecnicamente alcançado, a mente humana descobriu que, alem das três dimensões da perspectiva, existe uma quarta. E foi a revolução cubista do período imediatamente anterior à guerra quem a revelou.
A pergunta "o que é arquitetura" a definição mais precisa que se pode dar atualmente da arquitetura é a que leva em conta o espaço interior, a bela arquitetura será a arquitetura que