Resenha
Autor: Sérgio Buarque de Holanda.
È um livro inovador no que diz respeito a busca de uma identidade nacional. O autor aborda a queastão da colonização do brasil numa visão inovadora para a época, a qual rompe com paradigmas como o da miscigenação e a do bravo colonizador português, como é visto nas obras de outros tantos autores mais simplistas, coloca-o apenas como um europeu explorador. A obra relata um Português diferente daquele geralmente apresentado na história da colonização brasilaeira, um Português diferente dos outros habitantes da Europa, uma vez que possui uma cultura distinta dos demais países europeus, apresentando um espírito expansionista de aventura e que desconhecia um sistema metódico para a conquista patrimonial. Inicialmente Sérgio Buarque de Holanda dissemina sua visão conservadora sobre a formação do Estado e a construção da família. O autor aborda como exemplo a trágedia grega os conflitos entre Antígona e Creonte, descrevendo-nos as características sobre os interesses do Estado e a realidade concreta e tangível que é a família. À príncipio as relações de empregador e empregado eram pessoais e diretas, uma hierarquia natural como o da família patriarcal em que ambos partilham das mesmas privações e confortos não havia autoridades intermediárias. Com a industrialização foi se estabelecendo uma hierarquia de funcionários e autoridades suprimindo a atmosfera de intimidade que reinava estimulando a separação de classes , fazendo com que surgisse um abismo social. Outro fator abordado pelo autor de suma importância e o fato de, a família ser a base preparatória para o homem viver conforme as leis do Estado. A família já tem o hábito de preparar o homem para “obedecer, servir” substituindo laços familiares pelas normas estatais.Como vemos hoje a criança se socializa dentro da família é nela que a criança aprende a viver em sociedade