resenha
O território é o resultado de uma acumulação de situações históricas, ambientais, sociais que promovem condições particulares para a produção de doenças. O reconhecimento desse território é um passo básico para a caracterização da população e de seus problemas de saúde, bem como para avaliação do impacto dos serviços sobre os níveis de saúde dessa população.
Um dos desafios da Reforma Psiquiátrica é justamente proporcionar esse espaço capaz de acompanhar a expressão e a subjetivação produzida nos meios de atenção substitutos dos hospitais psiquiátricos. Tais meios vão buscar uma inserção social maior dos usuários no sentido de buscar um encontro maior entre o racional conservador, dito “normal” e a expressão da subjetividade dos usuários.
O território deve ser entendido numa acepção existencial e dinâmico, onde produz os sujeitos e é afetado por eles, estando em constante construção. Dessa forma, não é possível eleger uma política de saúde adequada sem levar em consideração seu entorno físico, cultural, e que produz sentido naquele espaço.
Torna-se fundamental a utilização de ferramentas que são disponíveis no próprio território, levando em consideração as práticas culturais da comunidade, respeitando uso e costumes, bem como, proporcionando também inserção de novas práticas que possam possibilitar a construção de um novo meio, capaz de promover e contribuir para a produção de vida e expressão da subjetividade.
Pode-se chamar de reterritorialização, esse movimento capaz de proporcionar a expressão da