Esse artigo objetiva levantar os critérios utilizados para o diagnóstico e tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em crianças em idade escolar, feitos por profissionais de três áreas da saúde: 10 psiquiatras, 10 psicólogos e 10 neurologistas com consultório privado em Grande Vitória/ES. Definido pela Associação Americana de Psiquiatria como um problema de saúde mental, que ocorre com mais freqüência na infância. É um transtorno bidimensional, que envolve a atenção e hiperatividade. E segundo o DSM-IV, subdivide-se em três tipos: TDAH com predomínio de sintomas de desatenção; TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade, e TDAH combinado. A pesquisa trás a discussão acerca do diagnóstico do TDAH, onde os entrevistados não sentiam a necessidade de um relatório escolar, de uma análise de uma junta profissional e de um maior tempo de observação do comportamento do paciente, ficando claro a opção pelo diagnóstico mais rápido e consequentemente a oferta do tratamento mais imediato, que no caso é o medicamento. A metodologia utilizada foi baseada em entrevistas semi-estruturadas, norteadas por um roteiro, que abordavam os seguintes tópicos: dados pessoais e profissionais dos entrevistados, número de crianças atendidas, características das crianças, os critérios diagnósticos utilizados, tipo de intervenção sugerida, e dificuldades no tratamento. Quanto ao resultado, pode-se afirmar que houve uma prevalência do TDAH nos pacientes do sexo masculino. Nota-se também, que há uma resistência em um tratamento multidisciplinar, ou seja, médicos - psiquiatras e neurologistas - são mais adeptos da intervenção medicamentosa; enquanto o tratamento combinado foi sugerido em maior parte pelos psicólogos. Sendo estes os resultados mais importantes. A partir do exposto, identifica-se uma fragilidade no diagnóstico do TDAH, em sua maior parte ficando em função do relato parental. No que tange ao diagnóstico pelo DSM-IV, há uma