Resenha
FELIPE ALEXANDRO N. MELO
PATOGENICIDADE E VIRULÊNCIA
MACAPÁ-AP
2014
A patogenicidade é a capacidade que tem o agente infeccioso de, uma vez instalado no organismo do homem e de outros animais, produzir sintomas em maior ou menor proporção dentre os hospedeiros infectados. Há agentes dotados de alta patogenicidade, como é o caso do vírus do sarampo. Neste caso, praticamente todos os infectados desenvolvem sintomas e sinais específicos. Numa situação oposta se encontra o vírus da poliomielite, dotado de baixa patogenicidade. Dentre os infectados, somente cerca de 1% desenvolve a paralisia. A virulência é a capacidade do agente de provocar resposta imunológica especifica no hospedeiro. A alta virulência indica uma grande proporção de casos fatais ou graves. Um exemplo é a raiva, o caso é fatal. Já o vírus do sarampo, apesar de alta infectividade e de alta patogenicidade, é de baixa virulência. Os que ocorrem são devidos a fatores intercorrentes, como, por exemplo, a desnutrição do suscetível. A virulência está associada às propriedades bioquímicas do agente relacionada à produção de toxinas, e a sua capacidade de multiplicação no organismo parasitado, o que o torna metabolicamente exigente, com prejuízo do parasitado. A criança desnutrida oferece margem à gravidade da doença e até a morte. Na prática, a virulência de um determinado bioagente pode ser avaliada através dos coeficientes de letalidade e de gravidade. O coeficiente de letalidade indica a percentagem de casos da doença que são mortais, e o coeficiente de gravidade, a percentagem dos casos considerados como graves segundo critérios pré-estabelecidos.
Visualizado em: http://www.inf.furb.br/sias/saude/Textos/infectividade.htm;