Resenha
Lucas Bicalho1
RESUMO
O objetivo deste artigo é compreender a construção da verdade em relação com as praticas judiciarias da Grécia antiga. Tendo como objeto de analise a obra Édipo Rei, a partir de uma abordagem concebida por MICHEL FOUCAULT em sua obra “A VERDADE E AS FORMAS JURÍDICAS”. Abordagem que nos trará a exposição do conceito de saber e de poder e suas implicações para a formação da verdade.
Palavras-chave: Édipo. Saber. Poder. Verdade.
1. INTRODUÇÃO Sabe-se que a verdade constituiu por excelência o grande objeto de pesquisa de todo pensamento ocidental. Sendo inerentes a ela, atributos como o poder justificador da vida, estando também como fundamento ultimo de todo o edifício moral a qual esta assentada a civilização (NIETZSCHE, 2008). Apenas no final da modernidade com o pensamento de Nietzsche é que este ideal de verdade é questionado. NIETZSCHE (1844/1900) é o primeiro filosofo da tradição a voltar-se contra a verdade. Para além de todo o dualismo platônico ou dogmatismo cristão que predominou no ocidente colocando a verdade além do plano sensível e do racionalismo cartesiano que primava a racionalidade, com seus métodos para a pesquisa da verdade (MARCONDES, 2005), Nietzsche a coloca sobre o que chamou de perspectivismo, onde a partir de métodos específicos seria possível uma determinada compreensão do objeto, não sendo esta compressão absoluta, mas apenas uma perspectiva a mais. Assim não ha um conhecimento em si, e por fim não ha verdade absoluta. Passando a verdade a ser apenas relativa e determinada pelos métodos utilizados, assim como pelos motivos que estão por de trás de quem os utilizam.
O problema é que Nietzsche ao destruir o valor absoluto da