Resenha
Autoria: Marcos Cortez Campomar, Ana Akemi Ikeda
Resumo
Este artigo discute em forma de ensaio as concepções falsas e enganosas em marketing no Brasil. Essas “falácias” são oriundas de traduções mal feitas ou então do uso banalizado de muitos termos técnicos de marketing e largamente difundidos pelos leigos. Na confecção do trabalho foi utilizada pesquisa bibliográfica e a experiência dos autores em mais de três décadas dando aulas, escrevendo artigos, livros e fazendo traduções e revisões técnicas de livros relacionados a marketing. As confusões começam com a palavra marketing que acabam conduzindo a interpretações errôneas de suas atividades. São apresentadas falácias em marketing com relação ao próprio termo e a algumas de suas atividades como promoção, propaganda, publicidade, amostragem, estrutura organizacional e outras. Finalmente faz algumas considerações sobre o estágio de marketing no país.
1 Introdução
Falácias são afirmações erradas ou que levam ao erro. Há muitas falácias em marketing no Brasil. Este ensaio procura apresentar algumas delas. Lembramos que é obrigação das pessoas que lidam e gostam de marketing contribuir para eliminar essas falácias. A palavra marketing sempre foi objeto de polêmicas e confusões. A palavra, que é de origem inglesa, não é traduzível facilmente para o português e talvez para nenhuma outra língua. O sufixo “ING” em inglês tanto funciona como gerúndio como para substantivo e palavras como timing, merchandising, pricing e marketing são exemplos de difícil tradução com apenas uma palavra. Em geral, se necessita de mais de uma palavra para uma tradução mais fiel ao português.
No passado, houve tentativas de se traduzir a palavra marketing. Poderia ser traduzida por “mercadização” ou “mercadagem”, mas havia críticas por elas serem neologismos e, portanto, inadequadas, além de não soarem bem aos ouvidos.
Houve então a falácia criada pela tradução de marketing por