resenha
John Dewey (1859-1952) era apenas um tímido jovem da costa leste dos Estados Unidos, educado na Universidade de Vermont. Foi um aluno regular, mas não brilhante; recusaram-lhe duas vezes uma bolsa para estudar filosofia em nível de pós-graduação, e acabou tendo de tomar emprestados 500 dólares de uma tia para fazê-lo.
Obteve o grau e prestou concurso para ser professor universitário. Conseguiu ingressar na Universidade de Michigan, depois em Chicago e por fim na Universidade Columbia, em Nova York.
Bem cedo se moveu rumo ao pragmatismo. Juntamente com Peirce, foi o grande formulador dessa teoria filosófica que em muito influenciou a educação. De acordo com as teorias pragmatistas, sempre esteve envolvido num amplo espectro de atividades práticas, por exemplo, com grupos científicos, grupos políticos e na fundação de novos tipos de escola. Estava sempre tentando propagar suas idéias para uma audiência maior, e produziu muito jornalismo de alta qualidade, bem como vários livros.
Dewey tornou-se conhecido e influente internacionalmente. Fez palestras em Tóquio, Pequim e Nanquim, e empreendeu vistorias educacionais na Turquia, no México e na Rússia (na época União Soviética).
Quando a famosa História da Filosofia Ocidental de Bertrand Russell foi publicada em 1946, um único filósofo vivo mereceu um capítulo inteiro a seu respeito, e este foi John Dewey.
Sua produção de livros foi tão grande que a seleção é difícil, mas talvez o que dê a expressão mais concentrada de suas idéias centrais seja “Lógica: a teoria da inquirição” (1938). Seu livro mais popular tem sido A reconstrução em filosofia (1920), e o mais influente, “A escola e a sociedade” (1899).
Seu interesse por educação nasceu da observação de que a escola de seu tempo continuava, em grande parte, orientada por valores tradicionais, e não havia incorporado as descobertas da psicologia, nem acompanhara os avanços políticos e