resenha
Algumas estratégias como o just in time, team work, kanban, a eliminação do desperdício e o controle de qualidade total são parte do discurso do modelo
A produção toyotista foi adotada pelas empresas no mundo todo; tornaram-se essas estratégias como modismo entre os consultores de Recursos Humanos, outplacements, hadhunters e demais especialistas em contratação e recolocação de profissionais. Somente as empresas que encontram-se integradas a tais estratégias são tidas como empresas-modelo, recebendo os certificados de qualidade ISO 9000, 9001, 9002, etc.
Observa-se como o poder transformador do capital atinge dimensões globais pois o que é conveniente para os fins capitalistas deve ser adotado por todos os que integram o sistema e o metabolismo social do capital se encarrega disso. Transforma-se não só as relações de produção, na esfera econômica, mas também os conceitos de qualificação do trabalhador, na esfera sociocultural. O discurso da “qualidade total” é um bom exemplo a ser citado.
Recordando as reivindicações por melhores condições de trabalho na década de 60 e o descontentamento público com a tendência decrescente do valor de uso das mercadorias, fica fácil compreendermos a razão pela qual o capital insiste em qualificar processos de produção, trabalhadores e produtos tendo como referência os padrões estabelecidos pelo discurso da “qualidade total”.