Resenha
Lucilene Maia Cerqueira¹
Afirmando o que a autora diz; “Este artigo tem por objetivo oferecer uma introdução à recente discussão sobre política de ação afirmativa e sistemas de cotas no Brasil”. Através desse texto falaremos de Ação Social, Política Social, Discriminação Social e Igualdade de Oportunidades.
As ações afirmativas são políticas focais que alocam recursos em benefícios de pessoas pertencentes a grupos discriminados e vitimados pela exclusão socioeconômica no passado ou no presente, a ação afirmativa com frequência assume um significado mais restrito, sendo entendida como uma política cujo objetivo é assegurar o acesso a posições sociais importantes a membros de grupos que, na ausência dessa medida, permaneceriam excluídos. Seu principal objetivo nesse sentido seria combater desigualdade e desagregar as elites. Embora “o debate sobre políticas de ação afirmativa no Brasil” tenha tido repercussão em distintas disciplinas de conhecimento como Antropologia, Direito e Sociologia, ele incide com mais força no campo da Educação. A autora chama a atenção para os diferentes projetos educacionais que foram sendo propostos ao longo de diferentes momentos históricos, nos quais se redefinia a função da educação. Assim, no final da década de 1960, já era evidente certa desconfiança quanto à função da educação porque se começa e ganha como lugar de reprodução e manutenção das desigualdades sociais. Notamos que essa discussão é de certa forma, retomada na argumentação em defesa da política de ação afirmativa nos anos 2000.
No Brasil, na década de 1980, conforme mostra Medeiros (2005), momento de reorganização e mobilização do Movimento Negro brasileiro, o mito da