resenha
A compra das ações foi feita ao longo dos anos 70 e nas décadas seguintes, a Odebrech passou por um período de grande expansão com aquisição de empresas das áreas de óleo, gás e papel.
Os investimentos levaram ao endividamento da companhia e do grupo de controladores, o que culminou no fechamento de capital da empresa e na celebração de um acordo de acionistas entre eles e os sócios minoritários assinado em 2001.
A garantia da liquidez à participação dos minoritários no grupo está no acordo de acionistas onde constam cláusulas que garantem o compromisso de compra e venda das ações em poder da Odebrech.
Na prática, prevê que se a Gradin quiser vender sua participação na empresa, a Odebrech tem a obrigação de comprá-las, com prazo de três anos para a quitação. A reciprocidade da opção prevista contém algumas condições entre as quais a avaliação da empresa por mesmo critério, será realizada pelo banco Credit Suisse.
A possibilidade de compra e venda das ações da família Gradin nunca foi cogitada até o momento em que a Odebrech apresentou um plano de incentivo de longo prazo com a intenção de atrair 150 executivos.
O processo envolve a disputa entre as famílias por uma fatia aproximada de 20% das ações do grupo baiano. Nele a Kieppe Participações, que representa a família Odebrech, pede a execução imediata da opção de compra das ações em mão da Graal Participações, dos Gradin.
A decisão, no entanto, se torna um impasse, diante de divergências entre as partes e como elas não se acertam sobre a forma de transferência das ações, a família Gradin pediu a abertura de um procedimento de arbitragem, pelo qual uma câmara arbitral seria escolhida por ambas as partes para decidir a disputa. Diante da negativa da Odebrech, os Gradin foi à justiça pedir instauração.
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