Resenha
“A disciplina procede em primeiro lugar à distribuição dos indivíduos no espaço.” (pág 122, § 1)
O autor mostra as regras em instituições, onde a clausura é uma forma, com a ocupação mental e física, as regras de horário, de impedir fugas.
Os horários devem ser rigorosamente seguidos sem nenhuma forma de distração ou diversão.
Mas essa clausura não se limita em regras, e sim saber a freqüência do indivíduo, saber vigiar, saber suas reações, onde ele se encontra. Uma instituição que exemplifica essa forma de clausura é o convento.
É visível que esse isolamento transforma pessoas que fazer parte de uma sociedade em seres mais afastados, levando-os a uma individualização, de forma a se tornarem rivalizados.
A disciplina na escola se encontra no posicionamento do aluno dentro de sala de aula, divididos por notas, por sócio-pessoais como se seus pais são divorciados ou não, se seu poder aquisitivo é maior ou não. O lugar dentro dessas instituições citadas podem ser melhor mostrados como fileiras, celas onde há uma grande padronização do ser.
“(...) o soldado tornou-se algo que se fabrica de uma massa uniforme, de um corpo inapto, fez-se a máquina de que se precisa.” (pág 117, §1)
Segundo Foucault, através da disciplina que manipula, treina e que controla se tem um corpo dócil. Onde a aplicação de uma anatomia política, que é também uma mecânica de poder torna o corpo obediente, dócil, exercendo sobre ele um controle coercitivo disciplinar. O corpo dócil se torna mais útil quanto mais dócil através desse controle.
“A escala, em primeiro lugar, do controle: não se trata de cuidar do corpo, em massa, grosso modo, como se fosse uma unidade indissociável, mas de trabalha-lo detalhadamente. De exercer sobre ele uma coerção sem folga, de mantê-lo ao nível mesmo da mecânica (...)”. (pág 118, § 1)
Através da minúcia dos regulamentos se disciplina os mínimos detalhes das parcelas da vida e do corpo dócil, aplicados no quadro da escola,