Resenha “ Sobre a sociogênese do Estado”
USP-Escola de Artes Ciências e HumanidadeS
Bibliografia: ELIAS, Norbert. “ Sobre a sociogênese do Estado” (parte I, II e III). In: Idem. O processo civilizador. Formação do Estado e Civilização. Volume 2. Rio de Janeiro; Jorge Zahar Editor, 1993, PP.87-107.
Norbert Elias no livro ‘O processo civilizador’ afirma que o anseio por terras e poder serve de força motriz para os donos de pequenos territórios travarem batalhas com seus vizinhos para conquistá-los e assim conseguir o que tanto almejam, esse ciclo de conquistas se estende até que reste apenas dois grandes territórios onde estes vão lutar entre si e definir qual terá o monopólio e o poder sobre todas as terras até então fragmentadas. Esse fenômeno o autor dá o nome de “lutas de eliminação”, é com esse conceito que ele irá nortear e justificar sua tese sobre a formação do Estado.
Há sempre forças centrípetas dentro dos territórios com o intuito de descentralizar o poder, em pequenas extensões de terra essas forças não ganham uma grande dimensão, mas em um território extenso onde as divergências sociais e geográficas são mais gritantes essas forças tomam amplitude e dificultam a hegemonia e a centralização conseguindo desintegrar a unidade do Estado em diversas unidades independentes ou se tornar um “Estado Federal”.
Com o monopólio conquistado cria-se uma relação de simbiose entre os recursos tributários e a força militar, um sustenta o outro, caso um acabe o outro também acaba, essa relação não precisa ser equilibrada, pode haver oscilações, mas sempre precisam existir juntas. A simbiose existe porque o Estado utiliza os recursos tributários para fomentar e desenvolver a força militar, porém a força militar existe para cobrar os tributos.
A idéia de que com a centralização do poder poucos vão adquirir uma maior liberdade e muitos vão abrir mão dela para que o monopólio seja estruturado, segundo Norbert não é verídico, pois o detentor do poder reduz