Resenha " O Herói"
O texto “O herói”, de Flavio Kothe, é composto de uma bibliografia comentada, um sumário, um vocabulário crítico, introdução e doze capítulos: Heróis classicos; Arte e ideologia; O herói trágico; Heróis bíblicos; O trivial e o artístico; Heróis baixos; Heróis altos; Heróis da modernidade; A narrativa trivial; Poéticas e operários e Conclusão.
INTRODUÇÃO
Personagem plano e esférico
Kothe inicia o texto (p. 5) citando Foster que durante uma conferência propôs as categorias “personagem plano” e “personagem esférico”, categorias essas que tem sido usadas por todos.
O autor afirma que é fundamental na literatura que exista uma classe “alta” e uma classe “baixa”, para que se possa evidenciar o modo de ser dos personagens e a hierarquia das obras; tendo o conflito entre a classe privilegiada e a classe fornecedora desses privilégios como o seletor de elementos da natureza para se criar conceitos e metáforas (p. 6)
Sistema e dominante
Kothe aponta (p. 7) que as narrativas em geral possuem como dominantes um herói. Para o autor a dominante é a chave do sistema, é o que organiza e governa o sistema. O autor mostra que a dominante é muito mais que a simples divisão de capítulos ou a estrutura da obra, a dominante está em todo o sistema, é o que conecta todas as partes, é o que diferencia um sistema do outro, fazendo com que ele seja único.
Para o autor, sendo as obras literárias reproduções do sistema social, o herói é portanto a dominante que identifica cada sistema (p. 8)
Gêneros maiores e menores
Aristóteles classifica a epopéia e a tragedia como gêneros maiores e comédia e sátira menipéia como gêneros menores, o autor então questiona essa classificação dando em seguida uma simples resposta: a epopéia representavam a aristrocacia enquanto a comédia representava o povo (p. 9). Segundo o autor a questão da “grandeza” ainda esta presente nos gêneros mais atuais e nos personagens.
O autor cita um artigo de Weinrich (p. 10) onde o mesmo