Resenha O Germinal
O filme começa mostrando a história de um rapaz que procura por emprego, e apesar das difíceis condições de trabalho encontradas na mina recém conhecida, aceita o emprego. Dá-se início, então, a jornada da trama, que mostra as famílias que trabalham naquele local, resta claro que acabam sendo várias gerações em situação precária, inclusive crianças e idosos, enquanto os donos das minas desfrutam de uma realidade totalmente diferente, cheia de regalias que aos outros não era permitido.
Percebendo as disparidades entre as realidades dos mineiros que mal tinham com o que se alimentar, manter suas famílias, se proteger do frio e sem mínimas condições de higiene, alguns deles principiam conversas entre patrões e empregados para melhores condições de trabalho. Os trabalhadores percebem que não adianta somente um deles argumentar, mas que todos juntos tem uma força maior, já que em outros lugares da Europa, tais “sindicatos” tinham conseguido alguns avanços, e vão juntos lutar por melhorias. No entanto, o argumento utilizado pelos “empregadores” é que é dado a eles tudo que é possível e que eles necessitam, como casa e o dinheiro necessário para sobrevivência.
No decorrer do filme a situação é agravada, e as relações se tornam críticas, visto que percebe-se que a maioria trabalhava arduamente para uma minoria desfrutar, somente tendo o trabalho de mandar outros empregados, que tinham um “cargo maior”, fiscalizar.
O filme, de uma forma geral, retrata nada mais que o início das organizações dos sindicatos, onde o povo percebe que não é correto que o lucro recebido não seja corretamente dividido, ou ao menos, justamente dividido.
Vê-se, portanto, no tocante à realidade brasileira quanto ao filme, que a evolução fez com que se chegasse à Consolidação das Leis do Trabalho, onde encontramos em diversos artigos à proteção ao trabalhador. Por exemplo, um dos princípios do direito do trabalho contemporâneo é de que ele não poderá ser