Resenha o capital financeiro rudolf hilferding
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
DISCIPLINA: ECONOMIA POLÍTICA
O CAPITAL FINANCEIRO
DE RUDOLF HILFERDING – CAPÍTULO XIV
OS MONOPÓLIOS CAPITALISTAS E OS BANCOS
Segundo o autor, Rudolf Hilferding, a evolução da indústria capitalista produz desenvolvimento bancário e este impulsiona a realização da concentração capitalista, de forma mais acentuada, nos cartéis e trustes.
Cartel ou truste é uma empresa de grande poder de capital e, nas relações de dependência entre empresas capitalistas, é o poder de capital que decide que empresa cairá na dependência de outra. A cartelização induz os bancos a entrarem em associação e se ampliarem, justamente para não ficar sob a dependência do cartel ou truste, portanto, a cartelização promove a união dos bancos e essa união fomenta a cartelização.
Uma comunidade de interesses formada por industriais pode gerar uma união de bancos concorrentes, assim, as associações industriais atuam na ampliação da área industrial de um banco. Entretanto, o cartel já pressupõe um grande banco com condições de satisfazer o imenso crédito de circulação e de produção existente em toda uma área industrial. O cartel provoca, contudo, intensificação na relação banco/indústria. Com a abolição da livre-concorrência, ocorre um aumento da taxa de lucro, que pode ser capitalizado e formar o lucro de fundador, que possui papel importante na realização do truste, primeiro por que sua consecução é importante para os bancos promoveram a monopolização, depois por que o lucro de fundador pode facilitar o aumento do cartel (forçando elementos a venderem suas fábricas mediante pagamento de um alto preço de compra).
A cartelização significa também maior segurança e uniformidade do rendimento das empresas cartelizadas, diminuição dos riscos de concorrência, aumento da cotação das empresas, maior lucro de fundador nas novas emissões, maior segurança para o capital aplicado nessas empresas_ permitindo aos bancos a extensão do crédito industrial e, assim,