Resenha a inquisição
Queila dos Santos Ribeiro
Os Tribunais da Inquisição do Santo Ofício da Inquisição, estabelecidos na Espanha e Portugal deram origem a perseguição àqueles que divergiam da ordem vigente, ou seja, aqueles que se opunham a Igreja eram considerados hereges e, portanto perseguidos e torturados. “A palavra herege origina-se do grego hairesis e do latim haeresis e significa doutrina contrária ao que foi definido pela igreja em matéria de fé. Em grego, hairetikis significa “o que escolhe” [...]” ( p. 10).
As ideias contrárias que divergiam dos dogmas da Igreja eram consideradas heresias e seus praticantes eram os hereges. No entanto, em Portugal, por exemplo, o herege era os descendentes dos judeus que mesmo convertidos ao catolicismo, praticavam o judaísmo secretamente. A heresia, portanto, permite uma nova visão, pois rompe com uma tradição.
A Inquisição medieval e a Inquisição Moderna (principalmente Espanha e Portugal) apoiavam-se em bases comuns: a delação, a denúncia, os “rumores”. [...] os auxiliares da Inquisição, chamados “familiares”, que ajudavam na caça aos suspeitos, funcionando como espiões, o que torna eficiente o trabalho dos inquisidores (p. 18).
Com o apoio dos Soberanos a Inquisição atuou em várias regiões principalmente na Europa Ocidental. Um grande inquisidor criou o Manual com instruções para os inquisidores e um item nele contido, é o sigilo, dado aos denunciantes de heresias. Aqueles que praticavam ações condenadas pela Igreja eram punidos. Em 1314 dar-se o primeiro auto-de-fé que queimou vivos seis pessoas.
“[...] O Tribunal da Inquisição na Espanha foi criado como objetivo de extirpar a heresia judaica e eliminar os conversos suspeitos de a praticarem, acusados de estarem contagiando a sociedade espanhola [...]” ( p. 30).
A Espanha durante a Idade Média foi tolerante com grupos étnicos e religiosos diferentes, muitos judeus, por exemplo, ocupavam cargos importantes e eram ricos.