Resenha: A construção do Habitat Moderno no Brasil - 1870 – 1950
Bruna Rosim de Jesus
Resenha:
A construção do Habitat Moderno no Brasil - 1870 – 1950
Telma De Barros Correia
Araras
2014
O referido texto trata amplamente das temáticas econômicas, sociais, políticas, raciais e morais, unindo-as a favor da organização populacional, da individualidade, da constituição familiar e da delimitação entre espaço residencial e de trabalho. Os segmentos estudados mostram características decorrentes do espaço/tempo sobre o assunto abordado. São eles: a casa e seus significados, o espaço sanitário, o
“santuário doméstico”, o habitat moderno, a propriedade, o estojo do homem privado, a máquina de morar e o lugar de consumo. Juntos, eles resumem um histórico de pesquisas e projetos e desenvolvimento político-social entre os séculos
XIX e XX.
Analisando de forma sucinta, percebe-se a luta por parte dos governantes e elite para a segregação da fatia menos favorecida da sociedade, o proletariado, extinguindo os cortiços proliferadores de maus costumes, com ênfase em preservar as raças e a cultura de cada grupo racial, propiciando dessa forma, melhores condições para que se criasse o espírito familiar, longe da miséria e promiscuidade encontradas nas habitações coletivas, assim favorecendo outros fatores muito importantes, como a higiene em forma de cuidado com a moradia e família, convivência saudável entre os moradores, que evitavam a saída indiscriminada em busca de vícios e influências negativas, limitação de pessoas estranhas adentrando as residências, maior privacidade e segurança, entre outras vantagens.
Grande parte dessas mudanças se devem à remodelação das moradias, que após redefinidas, forneceram conforto, facilidade de higienização, iluminação melhor e arejamento. Além de restringir espaços, houve a individualização dos operários, que faziam uso da nova propriedade para tornar local de consumo, lazer e cumplicidade para com sua família,