Resenha Vilas Boas

Villas-Boas inicia o livro, explicando sem rodeios, o que é design gráfico. Para ele, com intuito expressamente comunicacional, design gráfico é a área tanto de conhecimento, quanto “à prática profissional específica, relativas ao ordenamento estético-formal de elementos textuais e não textuais que compõe peças gráficas destinadas à reprodução” (p.7). Ou seja, o objeto do design gráfico é a produção e reprodução por meio gráfico, de peças, como cartazes, páginas de revistas, capas de livros, folhetos, que como processo de produção tem a impressão e como suporte normalmente o papel.
Entretanto esse conceito não prima pela precisão e sim pela síntese. Segundo o autor, para um objeto ser considerado design gráfico é necessário que envolva quatro delimitações. São elas: formais, funcionais-objetivas, metodológicas e funcionais-subjetivas. Além disso, que envolva também as "célebres ambiguidades terminológicas, de suas compartimentações epistemológicas e ainda de sua relação com o paradigma artístico" (p.9).
Design gráfico é a junção e relação entre todos os elementos visuais, tantos textuais e/ou não textuais, em uma área determinada, onde todos os componentes, sejam eles textuais ou tipográficos são tratados da mesma maneira, e possui a mesma importância.
O que caracteriza também o design gráfico, segundo Villas-Boas, é a reprodução. Uma peça gráfica é reproduzível, ou seja, ela pode ser reproduzida a partir de uma original. Caso não seja possível a reprodução, a peça é considerada única, mesmo que seja ela "criativa e que o ordenamento de seus elementos estético-formais denote uma origem projetual" (p.13). As peças únicas são circunscritas ao campo da arte, do artesanato ou do design informacional.
Enquanto aspecto funcional, são consideradas peças do design gráfico todos projetos gráficos que tem como objetivo comunicar através de elementos textuais ou não, uma mensagem. Não se deve, portanto, incluir o design informacional, nessa definição, pois mesmo